14 de mai. de 2015

Perda de identidade pelo nome de casada. Será?

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiii gente!

A um pouco mais de um mês, encontrei com a minha amiga Fran no shopping para uma despedida antes da viagem para a Alemanha, e saí desse encontro com um assunto o qual queria muito conversar com vocês. Acabou que com a viagem, mudança, adaptação, depressão da distância da família, dentre outros "mi-mi-mis" meus, o assunto ficou engavetado. Até que hoje eu finalmente me lembrei e dei um jeito de fazer o "dever de casa" do curso de alemão bem rapidinho para correr aqui e falar para vocês sobre a perda da identidade com o nome de casada.

Como a maioria de vocês sabem, e podem conferir um pouquinho do assunto aqui e também aqui, me casei a 8 meses e amo falar deste assunto. A minha amiga Fran, vai se casar em outubro desse ano, então é lógico que quando a gente se encontra, praticamente só falamos de casamento e assuntos afins hahahahha.

Nessa conversa a Fran me contou sobre o desconforto que ela estava sentindo com a questão de alterar o nome de solteira para o nome de casada. O que eu me identifiquei muito, porque apesar de no meu caso eu só ter sentido isso depois do casamento, foi difícil acostumar com o novo nome. E por mais que o meu drama foi pós casamento e o dela estivesse sendo pré casamento, no fundo o coração ficava apertadinho da mesma forma.

Imagem pesquisa Google

O primeiro impacto que senti foi a questão dos documentos, gastei muitos reais tendo de trocar todos os meus documentos para o novo nome. Com isso perdi aquela assinatura que eu havia treinado por meses até conseguir fazer, uma vez que agora o nome é diferente, na melhor hipótese acrescentei mais um detalhe nela para representar o novo nome. Tive que trocar além da certidão de nascimento, que fica retida no cartório e você leva pra casa a certidão de casamento para literalmente dividir com o seu marido, a carteira de identidade, CPF, título de eleitor e passaporte. A carteira de motorista eu deveria ter trocado também, mas como não vou dirigir no Brasil nos próximos meses, e ela vai vencer em breve, deixei para trocar quando for vencer e ganhei um tempo.

Mas o pior de tudo não foi esse trabalho burocrático de trocar documentos. O grande problema é que eu me senti como se estivesse renegando meus pais por não ter mais o nome que eles escolheram quando eu nasci. Era como se isso fosse algum tipo de desrespeito, entendem? Eu simplesmente não conseguia assinar o Rudolph e continuei assinando Paiva por algum tempo depois de casada. Era como se a Gisele Rudolph não fosse eu, e ao assinar esse nome eu deixaria de ser eu mesma, perderia meus ideais, valores e costumes. Hahahahaha eu sei que é muita paranóia gente, mas estou aqui para dividir com vocês como eu particularmente me senti naquele momento. E ao conversar com a Fran e perceber que ela de certa forma, sentiu um desconforto semelhante, achei que talvez mais pessoas poderiam estar vivendo o mesmo drama e quis ajudar.

Imagem pesquisa Google
A forma que encontrei de trabalhar isso foi com um tratamento de choque. Enquanto estava no Brasil, onde tudo se resolve pelo primeiro nome, eu brinquei de ignorar o meu drama de ser Paiva ou Rudolph. Foram raras as situações que precisei usar meu sobrenome, fora os momentos de troca de documentos.Tudo correu tranquilo e normal já que eu na maioria das vezes nem me lembrava que havia um sobrenome a mais. Porém ao embarcar para a Alemanha o tratamento de choque começou no embarque da Lufthansa onde já embarcamos como família Rudolph. O que acontece é que na tradição européia, o sobrenome vem em primeiro lugar em quase todas as situações, exceto em conversar informais com amigos e família. Então de tanto ouvir Frau Rudolph pra cá, Frau Rudolph pra lá, já não estranho tanto e não me sinto menos Gisele Luíza Paiva. Mas pelo sim e pelo não, mantenho o meu querido Paiva em todas as situações que posso, assim me sinto a velha e boa Gi de sempre, hahahahaha. Vocês podem conferir isto na minha página do Facebook.

Acredito que algumas pessoas não passem por isso, minha mãe por exemplo quando se casou com meu pai, não sei se por falta de informação, falta de apoio, por praticidade ou pura loucura, cortou o Oliveira do nome dela e passou a assinar apenas o Paiva do meu pai. Então acredito que para algumas pessoas esta transição seja tão natural que se torne até mesmo imperceptível. Mas a minha vida é quase uma novela mexicana, cheia de dramas e complicações, então essa questão não passou em branco. Hoje já não sinto mais o pesar do sobrenome, nem me sinto desrespeitando a minha família. Procuro tratar a todos com o mesmo carinho e atenção de antes, porque entendi que renegar a minha família seria perder os laços de afeto e amor que temos. Um nome não muda nada no meu ser, se eu não mudar os meus valores, minhas atitudes e a minha forma de ver a vida. Foram 30 anos sendo apenas Paiva e esta pessoa eu vou ser para sempre. Mas agora, sem perder nada do que eu já era, eu me tornei Rudolph esposa, daqui a um tempo mãe... Isso não muda quem sou, só acrescenta mais.


Então se acaso esse drama vem te assombrando, relaxa porque vai passar. É sim muito estranho mudar algo que a vida toda foi de um jeito. Mas o tempo, já dizia o ditado, resolve todos os problemas, e vai fazer você se acostumar com esta nova fase também. Você não vai deixar de ser você, apenas vai ganhar mais espaço para ser um você mais completo.

Agora eu gostaria de saber como está sendo esta questão para as noivinhas de plantão. Assim como gostaria de saber como foi para quem já casou e passou por isso. Deixem aqui nos comentários para enriquecer o nosso post. Também não se esqueça de clicar em seguir este blog para receber em primeira mão as nossas novidades e de compartilhar com aquela amiga que se identifica com o post.






5 comentários:

  1. LOL, eu não pretendo mudar de nome quando casar. Entendo que tem várias formas de mudar de nome, você não precisaria no caso tirar o que seus pais te deram, poderia só acrescentar, ou até mesmo trocar de lugar, deixar o ultimo nome por exemplo. Acho isso bobagem, homem não muda de nome, porque eu vou ter que mudar né? Mas enfim, só minha opinião KKKK
    Já vi amigas se sentirem obrigadas a isso, acho até meio machista...

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  2. Eu não me senti obrigada em momento algum, acho que fiz por ser praxe mesmo. Inclusive também acho que não é obrigatório. Agora mudar por pressão ou obrigação eu também não faria. Troquei porque realmente simpatizava com a ideia, não tirei nada do meu nome só acrescentei o do marido no final, mas depois de consumado surtei como contei no blog. Mas acredito que o importante é ser feliz, se te faz feliz trocar, troque. Do contrário não troque, vai poupar um bom dinheiro com os documentos hahahahaha. Agora fazer porque o noivo, família ou sei lá quem está obrigando de fato é puro machismo. Obrigada Lu, beijos

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  3. Gi adorei o post!! Minha paranoia está passando... rsrs... vou acrescentar o sobrenome do meu noivo, mas vou continuar sendo a Fran!! Rsrs

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    1. Fran o bom é que a sua paranoia veio meses antes do casamento, aí deu tempo pra vc ir se acostumando e quando chegar o grande dia, já vai ter passado por completo. Estamos fazendo todo o possível para estarmos ai com vc nesse dia tão especial. Beijos

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  4. Não mudei meu nome não... Justamente pela preguiça de trocar todos os documentos. Sou Gagliardi, sem ser, kkkkkk.

    Bjs - Ju Freitas

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